Um navio militar americano cruzou, neste sábado (26), o Estreito de Taiwan, que separa a ilha da China continental, pela segunda vez desde o início do ano, informou a Marinha dos Estados Unidos, em um contexto de tensão entre Pequim e Washington.
O destróier USS Ralph Johnson realizou uma passagem "de rotina" pelo estreito, "em águas internacionais e de acordo com a lei internacional", informou a 7ª Frota americana em comunicado.
O ministério da Defesa de Taiwan confirmou que um navio dos EUA estava navegando no estreito, acrescentando que os militares da ilha "estavam monitorando totalmente suas atividades (...) perto de nossas águas e nosso ar, e que a situação era normal".
Navios americanos costumam passar pelo estreito, para grande desgosto da China, que considera a ilha parte de seu território.
A República Popular da China considera que a navegação estrangeira nessas águas constitui uma violação de sua soberania, enquanto os Estados Unidos e outros países consideram a área como parte das águas internacionais e, portanto, aberta a todos.
O exército chinês se referiu a "um ato de provocação" para apoiar "as forças separatistas" de Taiwan.
As tropas chinesas "permanecem em alerta máximo o tempo todo" para salvaguardar a soberania e a segurança da China, alertou Shi Yi, porta-voz da zona de operação leste do exército chinês, em comunicado.
Pequim ameaça regularmente usar a força no caso de uma proclamação formal da independência de Taipei ou intervenção externa, especialmente pelos Estados Unidos.
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