O governo russo já declarou que busca a destituição do governo ucraniano para encerrar a guerra com a Ucrânia iniciada nesta quinta-feira (24/2). Em pronunciamento, Putin chamou o governo de "terrorista" e "neonazista". No centro desse conflito está o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy. O ex-comediante acabou quase que por acaso à frente do país do leste europeu.
Zelenskyy, de 44 anos, se formou em direito pelo Instituto de Economia Kryvyi Rih e agora está no meio do que pode ser o pior conflito na Europa desde a Guerra Fria, há mais de 30 anos.
O presidente ucraniano se tornou conhecido no país por ser comediante na televisão. Ele interpretava um professor que vira presidente depois que um aluno grava um discurso dele contra a corrupção. Em 2019, ele lançou a campanha à presidência como uma piada e, assim como seu personagem, acabou sendo eleito mesmo sem participar de comícios e campanhas presenciais. A campanha de Zelenskyy foi basicamente pelas redes sociais.
A vitória dele é atribuída a revolução de 2014, quando manifestações derrubaram o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich. O ex-presidente foi condenado em 2019 a 13 anos de prisão por traição e cumplicidade com os russos, que culminou na anexação da Crimeia ao território russo em 2014.
Após ser eleito, Zelenskyy disse, em seu discurso de posse, que colocaria fim à insurgência apoiada pela Rússia no leste do país. As regiões separatistas Luhansk e Donetsk são palcos de disputas entre os dois países há anos. Na segunda-feira (21/2), a Rússia reconheceu as duas províncias como independentes intensificando o conflito entre as duas nações, o que culminou com a invasão da Ucrânia pela Rússia na quinta-feira (24/2).
Os dois países vivem em conflito desde 1991, quando a Ucrânia se tornou independente da União Soviética (URSS) e estabeleceu laços mais próximos com a Europa. Em 2021, a Rússia exigiu que a Ucrânia não se tornasse membro da Otan, a aliança militar ocidental. O trato foi rejeitado pela Otan, aumentando a tensão na região.
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