Rússia x Ucrânia

Presidente chinês pede a Putin 'negociação' com Ucrânia

Após meses de esforços diplomáticos, Vladimir Putin lançou a invasão da Ucrânia na madrugada de quinta-feira, com as tropas russas realizando bombardeios e incursões terrestres em várias partes do país, inclusive perto da capital Kiev

Agence France-Presse
postado em 25/02/2022 09:44
 (crédito: Anne-Christine POUJOULAT / AFP)
(crédito: Anne-Christine POUJOULAT / AFP)

O presidente chinês, Xi Jinping, conversou nesta sexta-feira (25) com seu homólogo russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia e se mostrou favorável a uma resolução do conflito pela via diplomática.

A China "apoia a Rússia na resolução (do conflito) por meio de negociações com a Ucrânia", informou a televisão estatal chinesa CCTV, ao apresentar um resumo do telefonema entre os dois.

Após meses de esforços diplomáticos, Vladimir Putin lançou a invasão da Ucrânia na madrugada de quinta-feira, com as tropas russas realizando bombardeios e incursões terrestres em várias partes do país, inclusive perto da capital Kiev.

Desde então, a China manteve uma linha diplomática cautelosa em relação à crise, recusando-se a rotulá-la de "invasão".

Tampouco condenou as ações da Rússia, sua aliada próxima.

Durante a ligação com Putin, Xi disse que era importante "abandonar a mentalidade da Guerra Fria, dar importância e respeitar as preocupações de segurança razoáveis de todos os países e formar um mecanismo de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável por meio de negociações".

Segundo a imprensa chinesa, Putin explicou as razões pelas quais a Rússia lançou uma "operação militar especial" e disse a Xi que tanto a Otan quanto os Estados Unidos "ignoraram por muito tempo as preocupações de segurança razoáveis da Rússia".

O líder russo também afirmou a Xi que está disposto a manter conversas de "alto nível" com a Ucrânia.

À medida que a crise se aprofundava, a China foi forçada a fazer um difícil equilíbrio entre seus laços estreitos com a Rússia e seus grandes interesses econômicos na Europa.

A ofensiva de Moscou contrasta com a posição de política externa de longa data da China de não interferir nos assuntos internos de outros países.

Xi afirmou que a China está "disposta a trabalhar com todas as partes da comunidade internacional e defender um conceito de segurança comum, abrangente, cooperativo e sustentável, e salvaguardar firmemente o sistema internacional com as Nações Unidas no centro", segundo o canal CCTV.

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