Ucrânia diz que Rússia bombardeou hospitais: "Isso está além da maldade"

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, diz que, diante dos ataques, não há outra opção "moral" do que outros países apoiarem o país ucraniano

Talita de Souza

postado em 24/02/2022 17:35

Ministro da Saúde da Ucrânia compartilhou a foto de uma ambulância atacada por mísseis lançados por militares russos - (crédito: Ministro da Saúde da Ucrânia/Reprodução)

Os ataques russos contra o território ucraniano se diversificaram ao longo do primeiro dia da invasão da Rússia ao país, nesta quinta-feira (24/2). De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, além de bases militares e cidades da zona separatista, os soldados russos também bombardearam hospitais.

“Isso está além da maldade. A única escolha moral que qualquer governo pode fazer agora é apoiar a Ucrânia com todos os meios”, apelou o ministro aos outros países.

Consider this: Putin has launched a massive war of aggression in Europe during a still raging pandemic. On top of that, Russians bomb Ukrainian hospitals now. This is beyond evil. The only moral choice any government can make now is to support Ukraine by all means.

— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) February 24, 2022

Para o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Liashko, que também compartilhou a lamentável notícia, o ataque é “um ato vergonhoso e baixo, vindo de fracos”.

“Isto é uma violação direta da Convenção de Genebra por tropas russas” Tais ações representam uma ameaça direta para a vida e a saúde dos civis e são contrárias às normas do direito humanitário internacional. Instalações de saúde e profissionais médicos devem salvar vidas e não morrer”, declarou.

Liashko também ressaltou a coragem dos médicos de continuarem nos postos de trabalho, mesmo com as ameaças de novos ataques. “Nossos hospitais e equipes de emergência estão em modo de alerta total, trabalhando em todas as regiões e prestarão assistência em qualquer circunstância. Estamos orgulhosos da coragem e dedicação de todos os médicos”, agradeceu.