Guerra na Europa

Cidades ucranianas são bombardeadas após Putin anunciar "operação militar" no país

Explosões foram registradas em pelo menos cinco cidades da Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, confirmou o ataque

Pedro Grigori
postado em 24/02/2022 02:01 / atualizado em 24/02/2022 02:11
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

Diversas cidades ucranianas foram bombardeadas durante a madrugada desta quinta-feira (24/2). As explosões foram registradas logo após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciar o início de uma “operação militar” russa nas regiões separatistas da Ucrânia — Donetsk e Lugansk.

Porém, diferente do defendido por Putin, as explosões não ocorreram apenas nas regiões separatistas. O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, acusou o líder russo de lançar uma "invasão em larga escala" contra a Ucrânia.

“Cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque", tuitou Kuleba. "É uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e vencer. O mundo pode e deve frear Putin. A hora de agir é esta", acrescentou.

Fortes explosões foram registradas na capital da Ucrânia, Kiev; na cidade portuária de Mariupol; em Odessa, no Mar Negro; em Kharkov, na fronteira com a Rússia e em Kramatorsk.

Explosões também foram registradas próximas ao Aeroporto de Kiev. Após isso, o Ministério da Infraestrutura do país anunciou o fechamento do espaço aéreo da aviação civil do país. Segundo a pasta ucraniana, a decisão ocorreu "devido ao alto risco para a segurança". As informações iniciais dizem que as explosões ocorreram por meio de mísseis. 

Por volta das 1h50, no horário de Brasília, o ministro do Interior da Ucrânia disse que tropas russas chegaram a Odessa e estão marchando em direção a Kharkiv.

Logo após o anúncio da “operação militar” russa na Ucrânia, o preço do petróleo superou os 100 dólares pela primeira vez em mais de sete anos.

Por volta das 2h10, no horário de Brasília, sirenes de alerta sobre um possível ataque aéreo foram acionadas em Kiev. Presidente pede que a população fique em casa.

Reação internacional 

Os Estados Unidos vão propor ao Conselho de Segurança da ONU, nesta quinta-feira, a condenação da Rússia pelo ataque na Ucrânia, anunciou a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield.

"Putin emitiu uma mensagem de guerra em total desrespeito à responsabilidade deste Conselho. É uma urgência séria. O Conselho deve agir e vamos propor uma resolução amanhã (quinta)", disse Thomas-Greenfield.

Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, emitiu um comunicado. “Putin escolheu uma guerra premeditada que trará uma perda catastrófica de vidas e sofrimento humano. A Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que este ataque trará”, disse.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, denunciou "ataque irresponsável e não provocado" da Rússia à Ucrânia e alertou que isso coloca "inúmeras" vidas em risco.

"Condeno veementemente o ataque não provocado e irresponsável da Rússia à Ucrânia, que coloca em risco inúmeras vidas de civis. Mais uma vez, apesar de nossas repetidas advertências e esforços incansáveis para se engajar na diplomacia, a Rússia escolheu o caminho da agressão contra um país independente e soberano", disse Stoltenberg em um comunicado, anunciando uma reunião de aliados da Otan para abordar as "consequências das ações agressivas da Rússia".

 

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