Crise na Ucrânia

Chefe da ONU volta a Nova York após 'deterioração' de crise na Ucrânia

António Guterres mudou sua agenda em decorrência do agravamento da crise ucraniana e voltou à sede da ONU em Nova York

Agence France-Presse
postado em 21/02/2022 18:53 / atualizado em 21/02/2022 18:53
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres -  (crédito: JAVIER SORIANO  AFP)
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres - (crédito: JAVIER SORIANO AFP)

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, modificou sua agenda no último minuto e voltou à sede da ONU em Nova York devido ao agravamento da situação da Ucrânia, indicou seu porta-voz nesta segunda-feira (21).

Guterres "retornará a Nova York na terça-feira", disse Stephane Dujarric em um breve comunicado, logo após o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar que reconheceria como independentes as regiões separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

"Diante da deterioração da situação com relação à Ucrânia, o secretário-geral cancela sua missão na República Democrática do Congo" prevista para segunda-feira, acrescentou Dujarric.

Depois de ter participado no passado fim de semana em Munique de uma reunião anual sobre segurança internacional, Guterres estava nesta segunda-feira em seu país de origem, Portugal, quando decidiu uma hora antes de partir para o Congo cancelar a sua viagem.

A decisão de Putin põe fim ao instável processo de paz mediado pela França e a Alemanha, que previa o retorno dos territórios ao controle de Kiev em troca de ampla autonomia.

Pouco antes do anúncio do líder russo, a ONU pediu a "todos os envolvidos que se abstenham de qualquer decisão ou ação unilateral que possa prejudicar a integridade territorial da Ucrânia".

"Ressaltamos nosso apelo à cessação imediata das hostilidades, contenção máxima de todas as partes para evitar quaisquer ações ou declarações que agravem ainda mais as tensões", afirmou Dujarric, enfatizando que todas as disputas devem "ser tratadas por meio da diplomacia".

Dujarric também indicou que a ONU havia "autorizado a realocação temporária de certos funcionários não essenciais e certos membros da família" do pessoal da ONU enviado para a Ucrânia.

Segundo o porta-voz, as Nações Unidas têm atualmente 1.510 funcionários na Ucrânia, incluindo 149 cidadãos estrangeiros e 1.361 cidadãos ucranianos.


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