Um morador Messanges, na França, não aguentava mais ver os filhos adolescentes sem disposição pelas manhãs por passarem as noites entretidos em frente às telas dos celulares. Para restringir de vez o acesso dos meninos à internet, ele utilizou um bloqueador de sinal ilegal e, sem querer, deixou toda a cidade desconectada por várias noites — sem internet e sem rede móvel de telefone. Agora, ele poderá ser condenado a até seis meses de prisão e deverá pagar uma multa de 30 mil euros. As informações são do New York Post.
O caso foi descoberto após os moradores de Messanges — que registra cerca de 1 mil habitantes — relatarem que, todos os dias, o sinal de internet e telefone era interrompido durante a madrugada, principalmente a partir das 0h.
Uma investigação foi aberta e a descoberta foi feita por um engenheiro da Agência Nacional de Frequências (ANFR), que vasculhou a cidade com um receptor portátil que detecta ondas que podem cortar os sinais de telefone e internet até encontrar o bairro em que o dispositivo apresentava maior identificação de bloqueadores.
Como uma bússola, ele percorreu a região a pé, orientado pelo aparelho, até encontrar uma casa que emitia o bloqueio — a fonte do problema. O engenheiro chamou o dono da casa e o questionou se ele usava algum aparelho diferente, o que admitiu fazer. Ele contou que comprou um “band wave jammer” para impedir o uso das redes sociais à noite.
O mecanismo do pai era claro — e simples, para ele —: antes de dormir, ele ligava o aparelho, e acreditava que o bloqueio ocorria apenas na casa dele. Além de Messanges, a ANFR descobriu que a cidade vizinha também apresentou bloqueio no acesso à internet. A empresa alertou que os dispositivos do tipo podem ter “um raio muito maior do que pensamos, ou os vendedores costumam sugerir”.
Por esse motivo, o uso de jammers é estritamente ilegal na França e o responsável pela utilização pode ser punido com até seis meses de prisão e multa de 30 mil euros. Até o momento, o pai foi obrigado a pagar uma taxa de 450 euros para cobrir a investigação da ANFR e espera o resultado de um processo aberto pelo promotor público da cidade.
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