Valor não divulgado

Acordo extrajudicial põe fim a processo contra príncipe britânico

O arranjo, cujo valor não foi divulgado, evitará que o membro da família real britânica vá a julgamento com júri em Nova York

Correio Braziliense
postado em 16/02/2022 06:00
 (crédito: AFP)
(crédito: AFP)

Filho da rainha Elizabeth II, o príncipe Andrew, 61 anos, chegou a um "acordo extrajudicial" com a americana Virginia Giuffre, 38, para encerrar um processo por agressão sexual aberto por ela no ano passado. Como parte do acordo, a realeza britânica fará uma "doação substancial" para uma instituição de caridade, fundada por Giuffre, que dá apoio a vítimas de tráfico sexual, segundo o advogado dela, David Boies.

O acordo, cujo valor não foi divulgado, evitará que o membro da família real britânica vá a julgamento com júri em Nova York e que seja interrogado, sob juramento, pelos advogados de Giuffre. "As partes apresentarão uma renúncia acordada assim que Giuffre receber o acordo", informa documento, em nome de ambas as partes, divulgado por Boies e enviado ao juiz.

Giuffre acusou o príncipe de tê-la agredido sexualmente três vezes em 2001, quando ela tinha 17 anos, por intermédio do financista Jeffrey Epstein. Ela processou Andrew por danos não especificados, alegando que foi vítima de tráfico sexual nas mãos de Epstein e de sua esposa, Ghislaine Maxwell. Amigo do príncipe, o bilionário americano cometeu suicídio na prisão, em agosto de 2019, enquanto aguardava julgamento por crimes sexuais.

"Filho favorito"

Descrito por décadas como o "filho favorito" da rainha, Andrew nega as acusações e enfrenta os desdobramentos da denúncia. No mês passado, foi destituído dos títulos militares honorários e das funções de caridade depois que o juiz de Nova York Lewis Kaplan negou seu pedido de arquivamento do caso.

Em 2019, se retirou da vida pública como membro da realeza britânica depois de conceder uma entrevista à BBC em que tentou se defender da acusação. Sua postura, porém, foi bastante questionada. Críticos disseram que o duque de York foi arrogante e não demonstrou compaixão pelas supostas vítimas de Epstein.

A carta em conjunto divulgada ontem indica que o príncipe "nunca teve a intenção de difamar o caráter de Giuffre e aceita que ela sofreu tanto como vítima de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos". Também informa que ele se compromete a "demonstrar arrependimento por sua associação com Epstein, apoiando a luta contra os danos do tráfico sexual e suas vítimas".

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