O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou, ontem, o resgate da produção de eletricidade de origem nuclear no país, com a construção de 14 novos reatores. O projeto faz parte dos esforços para conquistar a neutralidade de carbono em 2050 e deixar para trás as energias fósseis.
"É o renascimento da indústria nuclear francesa", disse Macron em Belfort, leste do país, após reconhecer os questionamentos que surgiram na década passada após a catástrofe de Fukushima, em 2011.
O projeto passa por encomendar ao gigante energético francês EDF, de maioria estatal, a construção de seis reatores EPR2 para 2050 e analisar a possibilidade de oito adicionais, assim como prolongar a vida do maior número possível de reatores em funcionamento.
A iniciativa busca combinar o plano de reindustrialização, deflagrado em novembro passado, e o compromisso de alcançar a neutralidade do carbono em 2050, em meio à luta contra a mudança climática.
O presidente liberal, que ainda não oficializou sua esperada candidatura para a reeleição nas eleições de abril, anunciou também a meta de dobrar a produção de eletricidade de fontes renováveis até 2030, impulsionando a solar e construindo 50 parques eólicos no mar.
"Não há produção industrial estável se não houver energia estável aos preços mais competitivos", destacou Macron em seu discurso, no qual também expressou os benefícios para a "transição energética e climática", para a "soberania" e o "poder aquisitivo". Com essa última referência, o presidente tocou na principal preocupação dos franceses, em um contexto de aumento dos preços da energia a nível mundial.
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