Dois especialistas independentes em direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram, nesta quinta-feira, 10, ao governo da Suécia que não conceda licença para o funcionamento de uma mina de minério de ferro planejada que, segundo ambientalistas, geraria grandes quantidades de resíduos tóxicos e outros tipos de poluição.
O projeto proposto envolveria a empresa britânica Beowulf Mining e sua subsidiária sueca Jokkmokk Iron Mines AB.
A jovem ativista ambiental Greta Thunberg, que é sueca, juntou-se a um protesto contra a mina planejada no fim de semana.
Os pedidos foram feitos por José Francisco Cali Tzay, relator especial sobre os direitos dos povos indígenas, e David Boyd, relator especial sobre direitos humanos e meio ambiente.
Os especialistas dizem que os planos para a mina na região de Gallok avançaram sem obter o "consentimento livre, prévio e informado" do povo indígena Sami, cujas vidas e meios de subsistência podem enfrentar riscos em decorrência projeto. Eles disseram que a migração de renas, que são pastoreadas pelos Sami, pode estar em perigo.
"Houve avaliação e reconhecimento insuficientes dos danos ambientais que a mina causará", disseram eles, em um comunicado, apontando para uma lei sueca aprovada em 27 de janeiro - mas ainda não em vigor - que exigirá que as autoridades consultem o Sami antes de tomar ações que possam afetá-los.
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