Covid-19

China põe terceira cidade em quarentena para conter propagação da Ômicron

A China colocou em quarentena os residentes da cidade de Anyang, na província de Henan, no momento em que o país busca conter vários pequenos surtos da covid-19

A China colocou em quarentena, a partir desta terça-feira, 11, os residentes da cidade de Anyang, na província de Henan, no momento em que o país busca conter vários pequenos surtos da covid-19 e acaba de registrar os primeiros casos da variante Ômicron, mais contagiosa. As autoridades de Anyang ordenaram a seus cinco milhões de moradores, na segunda-feira, que fiquem em casa à noite e não dirijam veículos particulares, informou a agência estatal de notícias "Xinhua".

A medida foi imposta depois de Anyang ter confirmado, na segunda-feira, que dois dos casos registrados na cidade faziam parte da mesma cadeia de transmissão da variante Ômicron registrada na vizinha metrópole costeira de Tianjin, no Nordeste do país. Tianjin, cidade de 14 milhões de habitantes que fica a apenas 100 quilômetros de Pequim, teve 49 casos confirmados desde sábado.

Os moradores de Anyang se juntam aos 1 milhão de confinados desde a semana passada em Yuzhou, na mesma província de Henan, e aos 13 milhões de habitantes da cidade histórica de Xian, que entrou em sua terceira semana de quarentena.

Com a China enfrentando os piores surtos desde o meados do ano passado, as medidas de distanciamento social estão sendo retomadas faltando pouco menos de um mês para o início da Olimpíada de Inverno de Pequim, cujas competições serão realizadas em grande parte na vizinha província de Hebei.

Tianjin não impôs confinamento a sua população, mas estabeleceu restrições de viagens e lançou um programa de testes em massa para ajudar a evitar que a variante se espalhe.

O aumento de casos também ocorre apenas semanas antes do feriado do Ano Novo Lunar, um período de pico de viagens para milhões de chineses, e cidades em toda a China estão aconselhando as pessoas a permanecerem onde estão.

O país também ordenou o cancelamento de mais de duas dúzias de voos regulares dos Estados Unidos após inúmeros passageiros terem testado positivo para a covid-19 quando chegaram à China.

O conselheiro médico do governo chinês para a covid-19, Zhang Boli, disse à emissora estatal "CCTV" nesta terça-feira que a nova variante "não pode ser encarada com tranquilidade", mesmo que os sintomas não sejam tão graves quanto os das cepas anteriores.

"Encarando a Ômicron diretamente, descobrimos que a velocidade de transmissão é realmente muito rápida", disse Zhang Ying, funcionária do centro de controle de doenças de Tianjin, em entrevista transmitida na televisão estatal. "Seja em termos de rastreamento da origem do vírus ou investigações epidemiológicas, a nova variante trouxe consigo desafios e dificuldades sem precedentes", afirmou.

A China, que mantém sua política de buscar a eliminação dos contágios locais chamada de "covid zero", relatou 192 novos casos confirmados de coronavírus em todo o país nesta terça-feira, acima dos 157 registrados um dia antes. Do total, 110 foram transmitidos localmente, acima dos 97 do dia anterior. Ao todo, 87 casos foram confirmados na província de Henan.

A capital da província, Zhengzhou, fechou comércios não essenciais como salões de beleza, proibiu jantares em restaurantes e impediu que os táxis e as plataformas de transporte operem em áreas sob quarentena, informaram as autoridades locais em uma reunião nesta terça-feira.

Uma infecção isolada causada pela Ômicron também foi relatada na segunda-feira na cidade de Wuxi, na província de Jiangsu, a cerca de 120 quilômetros de Xangai, no leste da China. O paciente havia viajado da Austrália para Xangai em 5 de janeiro antes de se transferir para Wuxi. Nenhuma morte foi registrada nos novos surtos na China, o que mantém o total de óbitos desde o início da pandemia em 4.636. Além disso, a China registrou até o momento o total de 104 mil casos de covid-19. (Com agências internacionais).

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