O brasileiro Simcha Neumark, de 33 anos, se tornou o primeiro paciente a tomar a pílula da farmacêutica Pfizer, o Paxlovid, contra a covid-19 em Israel. O remédio foi autorizado, em caráter emergencial, naquele país no domingo (2/1) e tem como objetivo impedir o agravamento da doença. Os Estados Unidos também já aprovaram o uso emergencial da pílula.
Simcha Neumark, que também tem nacionalidade israelense, tomou cinco doses da vacina contra a covid-19, mas, devido a um doença autoimune o corpo dele não foi capaz de desenvolver anticorpos contra a doença. "Fiquei muito feliz ao receber o telefonema em que fui informado que provavelmente seria o primeiro a receber o medicamento no país", disse à imprensa israelense.
Neumark é economista, nasceu em São Paulo e mora em Israel desde 2013. Ele começou a sentir os sintomas da doença na sexta-feira (31/12) e no domingo (2/1) ele foi escolhido para ser o primeiro a receber o medicamento.
Pelas redes sociais, ele agradeceu a oportunidade e disse esperar que todos que precisem possam ter acesso ao remédio. "Espero que todas as pessoas no mundo que precisam disso possam obtê-lo imediatamente", afirmou.
O Paxlovid é tomado em seis doses diárias e pertence à classe de medicamentos chamada de inibidores de protease, a mesma utilizada para tratamento de HIV. Neumark relatou que teve melhora dos sintomas em 15 horas após tomar o medicamento.
O medicamento é tomado junto a ritonavir, outro antiviral que faz com que o metabolismo do corpo desacelere e isso faz com que o organismo absorva melhor o Paxlovid.
De acordo com a Pfizer, de 2.250 pacientes, a pílula impediu a hospitalizações e mortes em 89% deles quando administrada dentro de três dias após o início dos sintomas.