Berlim, Alemanha- Mais de dois anos depois de um roubo ousado em um museu de Dresde, no leste da Alemanha, seis membros do crime organizado são julgados a partir desta sexta-feira (28), mas os diamantes e joias extraídos continuam desaparecidos.
O roubo no final de 2019 no museu Grünes Gewölbe, joia do patrimônio de Saxônia, impressionou tanto pela sua sofisticação como pelo valor do saque, avaliado em 100 milhões de euros (111,5 milhões de dólares).
Os seis acusados, dois deles menores no momento dos fatos, são julgados a partir desta sexta-feira em Dresde por este roubo no qual teriam participado outras quarenta pessoas ainda procuradas pela polícia.
A passividade dos quatro guardas de segurança intrigou os investigadores no inicio, mas por enquanto não há elementos incriminatórios contra eles.
- 49 quilates -
Detidos em novembro de 2020 em Berlim após meses analisando gravações de vídeo e amostras de DNA, os suspeitos pertenciam a uma gangue criminosa de origem libanesa muito ativa na Alemanha, conhecida como o "clã Remmo".
O dispositivo de segurança ao redor do tribunal será reforçado durante o processo. Os acusados correm o risco de pegar até dez anos de prisão.
Na madrugada de 25 de novembro de 2019, os ladrões invadiram o museu desta cidade barroca do leste da Alemanha, apelidada a "Florença do Elba". Dentro, vagaram livremente durante oito minutos.
Os ladrões não hesitaram em colocar fogo às 05h00 em um terminal elétrico para desativar os alarmes do museu e as luzes da rua.
Depois, entraram no museu por uma janela com grades, localizada em um ângulo morto da videovigilância, cujas grades foram serradas dias antes e discretamente substituídas até o dia do roubo.
Quando a polícia chegou, os ladrões já haviam desaparecido com o roubo depois de terem quebrado com um machado as vitrines onde havia joias e diamantes na sala-forte de Augusto o Forte, príncipe de Saxônia e rei da Polônia no século XVIII.
Levaram uma dezena de ornamentos do século XVIII, com joias e pedras preciosas, várias "centenas" de diamantes, entre eles um de 49 quilates incorporado em uma "ombreira", segundo a polícia.
Também roubaram uma espada com nove grandes diamantes e 770 menores.
As peças roubadas têm um valor histórico e cultural "inestimável" e impossível de avaliar, segundo o museu.
A ministra da Cultura da região de Saxônia, Barbara Klepsch, lamentou após o crime "um prejuízo imenso para a cultura mundial".
Até agora não foi possível recuperar nenhuma peça, apesar das altas recompensas prometidas.
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