Escudos humanos

Passa de 150 o número de mortos por combates após ataque a prisão na Síria

O ataque à prisão começou na quinta-feira (20/01), quando 100 jihadistas iniciaram uma operação com caminhões-bomba e artilharia pesada, provocando confrontos dentro da prisão e nos arredores

Agência France-Presse
postado em 24/01/2022 09:06
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

Hassake, Síria- Forças curdas cercaram uma cidade síria nesta segunda-feira(24) para capturar jihadistas que atacaram uma prisão há cinco dias, provocando um confronto que deixou mais de 150 mortos.

As Forças Democráticas Sírias (FDS) denunciaram que combatentes do grupo Estado Islâmico usavam menores de idade como "escudos humanos" dentro da prisão de Ghwayran, na cidade de Hassake, no nordeste da Síria.

A agência infantil da ONU, Unicef, pediu a proteção dos quase 850 menores detidos, alertando que eles podem ser "feridos ou recrutados à força" pelo EI.

O ataque à prisão começou na quinta-feira, quando 100 jihadistas iniciaram uma operação com caminhões-bomba e artilharia pesada, provocando confrontos dentro da prisão e nos arredores.

As FDS, uma milícia majoritariamente curda apoiada pelos Estados Unidos, consolidaram o controle da área na noite de domingo e decretaram um toque de recolher de uma semana que inclui o fechamento de estabelecimentos, com exceção de serviços essenciais, como mercados, postos médicos, padarias e postos de gasolina.

As FDS informaram que os adolescentes foram detidos sob acusações de pertencer ao EI e estavam em um "centro de reabilitação" dentro da prisão.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), uma ONG sediada no Reino Unido, mas com fontes em campo, informou nesta segunda-feira que os jihadistas cercados se recusaram a se render.

O grupo elevou o número de mortos nos confrontos para 145, incluindo 102 jihadistas, 45 combatentes curdos e sete civis.

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