Nur-Sultan, Cazaquistão - O Cazaquistão anunciou neste sábado (22/1) que prendeu mais de 450 pessoas por terrorismo e desordem pública após os confrontos sangrentos neste país da Ásia Central no início de janeiro.
Manifestações sem precedentes contra o aumento dos preços da energia degeneraram nesta ex-república soviética em graves tumultos e forte repressão armada.
Os incidentes resultaram em 225 mortes e centenas de feridos e o presidente, Kasym-Jomart Tokayev, foi forçado a solicitar o envio de forças armadas russas e de outras nações aliadas para restaurar a ordem.
De acordo com Eldos Kilymjanov, funcionário da promotoria cazaque, 464 suspeitos foram presos por terrorismo e desordem pública. No total, 970 pessoas acusadas de roubo, perturbação da ordem pública ou posse ilegal de armas foram presas, disse Kilymjanov à imprensa.
Esses distúrbios, sem precedentes desde a independência do país em 1991, levaram ao envio de cerca de 2.000 soldados da Rússia e de outros países aliados, que acabaram se retirando em 19 de janeiro, uma vez concluída sua missão.
O presidente Tokayev acusou "terroristas" treinados, segundo ele, no exterior de terem provocado a revolta, embora não tenha apresentado provas disso.
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