Israel anunciou na terça-feira (11) que desmantelou uma "rede secreta de espionagem iraniana" que recrutava mulheres israelenses nas redes sociais para encarregá-las de missões como copiar documentos militares.
As mulheres foram recrutadas no Facebook por um agente iraniano que se identificava como "Rambod Namdar" e se passava por um judeu que vivia no Irã, infromou em um comunicado o serviço israelense de informação interna, Sin Beth.
As mulheres, que não tiveram suas identidades reveladas, "aceitavam realizar as missões em troca de dinheiro", acrescentou.
Uma moradora de um subúrbio de Tel Aviv, de 40 anos, estava em contato com "Rambod" há vários anos e realizou várias missões, entre elas a de tirar fotos da embaixada dos Estados Unidos.
Outra suspeita, de 57 anos, moradora de Beit Shemsh, perto de Jerusalém, foi incentivada a orientar seu filho a fazer parte dos serviços de informações militares e recebeu 5.000 dólares para realizar várias missões ao longo de quatro anos.
O tribunal de Justiça de Jerusalém acusou no total quatro mulheres por essas suspeitas. O assunto foi revelado em meio às negociações de Viena para tentar salvar o acordo que busca impedir que o Irã se dote de armas nucleares.
O pacto estava estagnado desde que o então presidente americano Donald Trump anunciou a retirada de seu país em 2018. Os Estados Unidos, aliado de Israel, também reforçaram naquele momento as sanções contra a República Islâmica.
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