"Um herói é colocado para descansar", é assim que começa o texto de despedida da ONG belga APOPO, em homenagem ao rato africano gigante Magawa, que era famoso por sua especialidade em farejar minas terrestres. A notícia de sua morte, aos oito anos, foi confirmada na última terça-feira (11/1).
Ao longo de sua vida, Magawa encontrou mais de 100 minas terrestres e outros explosivos, tornando-o o "HeroRAT", termo para ratos especialistas como ele, de maior sucesso da APOPO até hoje.
O comunicado afirma que ele estava saudável e brincando normalmente, até que começou a mostrar sinais de fadiga e, no domingo, passou a dormir mais e ter um apetite menor. "Todos nós da APOPO estamos sentindo a perda de Magawa e somos gratos pelo trabalho incrível que ele fez". Ele tinha se aposentado de seus trabalhos em junho de 2021.
O bichinho chegou a receber um prêmio, em 2020, por bravura, dada a sua habilidade de detectar minas terrestres e munições que não foram detonadas. O prêmio é o equivalente ao animal de maior honra civil do Reino Unido.
Ele também recebeu uma medalha de ouro da organização veterinária britânica PDSA "por sua bravura salvadora e devoção ao dever", que transformou a vida das pessoas no Camboja. Ele foi o primeiro rato a receber esta recompensa.
"É graças a todos vocês que Magawa deixará um legado duradouro nas vidas que ele salvou como um rato de detecção de minas terrestres no Camboja. Obrigado a todos, do fundo de nossos corações, por seu apoio durante este período difícil", fecha o comunicado da ONG.
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