AOS 8 ANOS

Morre Magawa, "rato herói" especialista em detectar minas no Camboja

Em sua carreira, o bichinho encontrou mais de 100 minas terrestres e outros explosivos, além de ter alguns prêmios de bravura por seu trabalho

Camilla Germano
postado em 12/01/2022 17:19 / atualizado em 12/01/2022 17:20
Magawa com sua medalha de ouro, ainda em 2020 -  (crédito: Handout / PDSA / AFP)
Magawa com sua medalha de ouro, ainda em 2020 - (crédito: Handout / PDSA / AFP)

"Um herói é colocado para descansar", é assim que começa o texto de despedida da ONG belga APOPO, em homenagem ao rato africano gigante Magawa, que era famoso por sua especialidade em farejar minas terrestres. A notícia de sua morte, aos oito anos, foi confirmada na última terça-feira (11/1).

Ao longo de sua vida, Magawa encontrou mais de 100 minas terrestres e outros explosivos, tornando-o o "HeroRAT", termo para ratos especialistas como ele, de maior sucesso da APOPO até hoje. 

O comunicado afirma que ele estava saudável e brincando normalmente, até que começou a mostrar sinais de fadiga e, no domingo, passou a dormir mais e ter um apetite menor. "Todos nós da APOPO estamos sentindo a perda de Magawa e somos gratos pelo trabalho incrível que ele fez". Ele tinha se aposentado de seus trabalhos em junho de 2021

O bichinho chegou a receber um prêmio, em 2020, por bravura, dada a sua habilidade de detectar minas terrestres e munições que não foram detonadas. O prêmio é o equivalente ao animal de maior honra civil do Reino Unido.

Ele também recebeu uma medalha de ouro da organização veterinária britânica PDSA "por sua bravura salvadora e devoção ao dever", que transformou a vida das pessoas no Camboja. Ele foi o primeiro rato a receber esta recompensa. 

"É graças a todos vocês que Magawa deixará um legado duradouro nas vidas que ele salvou como um rato de detecção de minas terrestres no Camboja. Obrigado a todos, do fundo de nossos corações, por seu apoio durante este período difícil", fecha o comunicado da ONG. 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação