Dois soldados ucranianos morreram nesta segunda-feira (10) após uma explosão no leste do país, anunciou o Exército da Ucrânia, em meio às negociações entre russos e americanos para reduzir as tensões em torno da ex-república soviética.
Estes são os primeiros militares mortos em 2022 na linha de frente com os separatistas pró-Rússia.
Por outro lado, o Exército ucraniano acusou em um comunicado os separatistas de realizar ataques nesta segunda perto de Pisky, na periferia de Donetsk, uma "capital" rebelde.
A Ucrânia está em guerra desde 2014 contra os separatistas pró-Rússia que controlam partes do território no leste, na região de Donbass, e que supostamente receberiam apoio militar da Rússia, algo que o Kremlin nega.
Em 22 de dezembro, as partes beligerantes concordaram em reativar um cessar-fogo na linha de frente, antes de se acusarem mutuamente de novas violações. Todas as tentativas de trégua anteriores fracassaram.
As relações entre Ucrânia e Rússia, que vêm se deteriorando desde 2014, estão atualmente no ponto máximo de tensão.
Há pouco mais de um mês, a Rússia vem sendo acusada pelo Ocidente de posicionar dezenas de milhares de soldados perto da fronteira ucraniana, visando uma possível intervenção militar contra o país vizinho.
Por sua vez, a Rússia nega qualquer intenção belicosa e diz sentir-se ameaçada pelas "provocações" da Ucrânia e da Otan, exigindo que a aliança militar comprometa-se a não se estender para os países da antiga União Soviética.
Nesta segunda, russos e americanos realizaram conversas em Genebra, na Suíça, para tentar encerrar a crise.
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