A obrigação na Bolívia de portar o cartão de vacinação contra a Covid-19, que entrou em vigor este ano, fez disparar a procura por imunizantes, o que levou ao colapso dos centros de saúde, motivo pelo qual o governo decidiu nesta quinta-feira suspender o uso do documento.
A prefeitura de La Paz informou hoje que os pedidos de vacinação foram 10 vezes maiores em três hospitais municipais em uma semana. Já o secretário municipal de Saúde da cidade de Cochabamba (centro), Aníbal Cruz, disse à AFP que "veio uma avalanche de gente, que fez o sistema de vacinação entrar em colapso".
Cruz explicou que a pressão dos cidadãos por vacinas ultrapassou a capacidade de atendimento dos centros de saúde e obrigou o Executivo a suspender o pedido do documento de vacinação até o próximo dia 26. Segundo o Ministério da Saúde, a medida permitirá "melhorar os postos de vacinação e adaptá-los para evitar aglomerações".
Os locais de aplicação de vacinas apresentavam hoje uma queda na procura. O opositor Iván Arias, prefeito de La Paz, criticou o Poder Executivo: “Deveria-se promover a vacinação em massa, ao invés de retroceder na exigência do cartão." O secretário de Saúde de Cochabamba também lamentou a decisão do governo.
A Bolívia, de quase 12 milhões de habitantes, vacinou com duas doses mais de 3,7 milhões de pessoas, e com a dose única da Janssen, mais de 992 mil. O país soma 641.817 infectados e 19.848 mortos pela doença.
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