Ao menos 12 pessoas morreram na quarta-feira (5) no incêndio de um prédio na Filadélfia (leste), nos Estados Unidos, 8 deles menores, anunciaram um responsável dos bombeiros da cidade e jornais americanos.
Jacuita e Qaadira Purifoy perderam repentinamente três irmãs e sete sobrinhos no incêndio. “Não sei o que fazer. Não sei o que dizer”, diz Jacuita, de 37 anos, que tenta consolar a irmã de 33 anos.
Elas estão em frente à escola Bache Martin, localizada perto da casa de três andares que pegou fogo na madrugada de quarta-feira por motivos ainda desconhecidos e onde se reuniram as famílias das vítimas.
“Minhas irmãs e meus sobrinhos e sobrinhas foram embora, estão mortos. Eles não vão voltar”, diz Jacuita Purifoy à AFP. Seus familiares tinham entre 33 e 1 ano de idade.
A prefeitura da Filadélfia reduziu o número de vítimas para 12, incluindo oito menores, em comparação com as 13 que havia anunciado anteriormente.
No total, 26 pessoas viviam no prédio, propriedade da Secretaria Municipal de Habitação. Oito delas teriam conseguido escapar das chamas.
"Não tenho palavras para descrever o que sentimos", disse Craig Murphy, vice-comissário dos bombeiros, que assegurou, visivelmente comovido, que em 35 anos na profissão "este é um dos piores incêndios" que presenciou.
"Este é sem dúvida um dos dias mais trágicos da história de nossa cidade", disse o prefeito da Filadélfia, Jim Kenney.
O serviço de bombeiros da cidade informou que sua equipe chegou ao imóvel de proteção oficial às 06h40 (08h40 no horário de Brasília) "e encontraram um forte incêndio no segundo andar de um prédio de três andares".
"Levamos 50 minutos para controlar o fogo", informou o serviço de bombeiros em um tuíte.
Nas imagens transmitidas na televisão americana, pode-se observar a área isolada e as janelas do segundo e terceiro pisos tomadas pela fumaça.
Os bombeiros tentavam encontrar possíveis vítimas no local.
O prédio, construído em 1920, está localizado em uma área densamente povoada próxima a uma universidade, ao Museu de Arte e a outras instituições da cidade.
Detectores de fumaça quebrados
De acordo com Murphy, o Departamento de Habitação inspecionou o prédio de tijolos de três andares em 2019 e 2020 e instalou detectores de fumaça, mas pelo menos quatro desses detectores não estavam operacionais na quarta-feira.
Segundo a mídia local, o prédio de mais de 300 metros quadrados, era composto por dois apartamentos, sendo um deles duplex.
Os bombeiros e a Prefeitura anunciaram que iniciaram uma investigação para determinar as causas de um dos piores incêndios na história recente, não só da cidade, mas de todo o país.
"Não o consideramos suspeito, mas todos se concentram na dimensão do incêndio", declarou o representante dos bombeiros à imprensa.
Os vizinhos manifestaram à mídia local sua comoção pelo incêndio.
Em dezembro de 2017, doze pessoas, entre elas quatro menores, morreram em um incêndio no bairro do Bronx, em Nova York, o mais grave em 25 anos na cidade que foi provocado por uma criança de três anos e meio que brincava com um fogão a gás.
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