A Justiça britânica absolveu nesta quarta-feira (5) quatro pessoas acusadas de degradação criminosa por derrubar a estátua do traficante de escravos Edward Colston na cidade inglesa de Bristol durante uma manifestação do movimento Black Lives Matter em junho de 2020.
Os acusados - três homens e uma mulher com idades compreendidas entre 21 e 36 anos - confessaram sua participação nos fatos, mas negaram o caráter criminoso de suas ações.
Nesta quarta-feira foram absolvidos por um júri, depois de três horas de deliberação, entre gritos de alegria dos presentes na sala.
Em 7 de junho de 2020, a estátua, polêmica há anos, foi derrubada e jogada no rio Avon durante as manifestações contra o racismo pela morte em maio de George Floyd, um americano negro assassinado por um policial branco.
Durante o julgamento, o promotor William Hughes os acusou de agir sem justificativa legal, causando danos de mais de 4.000 libras (quase 5.300 dólares ou 4.700 euros).
Colston fez fortuna com o comércio de escravos. Entre 1672 e 1689, teria vendido na América cerca de 100.000 escravos da África Ocidental, antes de usar sua fortuna para financiar o desenvolvimento de Bristol, o que lhe rendeu durante muito tempo uma reputação de filantropo.
Demonstração do caráter simbólico do protesto, o artista urbano Banksy, natural desta cidade, colocou à venda em dezembro camisetas feitas por ele para apoiar os acusados.
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