Almaty, Cazaquistão- Um grupo de manifestantes invadiu, nesta quarta-feira (5), a sede da prefeitura de Almaty, a capital econômica do Cazaquistão, em meio a protestos sem precedentes após o aumento dos preços do gás.
Segundo um jornalista da AFP no local, a polícia usou granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo contra uma multidão de milhares de pessoas, mas não conseguiu conter sua entrada no prédio.
A polícia informou que mais de 200 pessoas foram detidas durante os protestos neste país da Ásia Central, deflagrados pelo aumento dos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP). Ele é muito usado como combustível no oeste do Cazaquistão.
Milhares de pessoas foram às ruas em Almaty e na província ocidental de Mangystau, contra o "aumento injusto", considerando-se as enormes reservas de energia do país. O Cazaquistão é um grande exportador de petróleo e gás.
Na tarde desta quarta-feira, correspondentes da AFP em Almaty testemunharam alguns homens de uniforme policial jogando seus escudos e capacetes no chão e abraçando os manifestantes.
"Passaram pro nosso lado", gritava uma mulher.
Estes policiais se recusaram a falar com a AFP.
Manifestações não previamente autorizadas pelas autoridades são proibidas no Cazaquistão, uma antiga república soviética autoritária, mas também a principal economia da Ásia Central.
O presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev, destituiu seu governo nesta quarta-feira e declarou estado de emergência em duas regiões.
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