A organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, nesta terça-feira (4/1), que novas evidências mostram que a variante ômicron do coronavírus causa infecções mais brandas.
“Estamos vendo mais e mais estudos apontando que a ômicron infecta a parte superior do corpo. Diferente das outras, que podem causar pneumonia grave", disse o epidemiologista Abdi Mahamud durante coletiva de imprensa, em Genebra.
O epidemiologista explicou que os dados da África do Sul, país que a ômicron foi primeiro identificada, apontam que as vacinas existentes protegem contra casos graves da nova cepa. No entanto, ele recomendou cautela ao interpretar a forma como o vírus se comportou no país, já que cada lugar é diferente do outro.
A África do Sul afirma já ter superado a onda de infecções pela ômicron sem ter notado um aumento expressivo no número de mortes.
Mahamud ainda reforçou a necessidade de alcançar pelo menos 70% da população mundial totalmente vacinada para conseguir parar a pandemia. "O vírus replica onde não há vacinação. Vimos isso com a variante delta e, agora, com ômicron".
Mais transmissível que o sarampo
Porém, Abdi Mahamud alertou que como a cepa é altamente transmissível, a expectativa é que ela se torne dominante em vários lugares do mundo em algumas semanas. "Nunca vimos um vírus tão transmissível", disse ao afirmar que a cepa é mais contagiante que o sarampo.
Pelo menos 128 países já reportaram casos da variante. Nesta terça-feira, Os Estados Unidos registraram o recorde mundial de 1 milhão de novos casos de covid-19. Impulsionado pelo país, o mundo também registrou o recorde de 2,4 milhões de casos.
O especialista da OMS, no entanto, ressalta que apesar o grande aumento de casos, o número de mortes não acompanhou na mesma proporção.
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