O Twitter encerrou a conta pessoal da congressista norte-americana Marjorie Taylor Greene por seguidas violações da norma criada para coibir desinformação sobre a covid-19.
A empresa identificou e tirou do ar um post de Greene, que é do Partido Republicano, por considerar que poderia ser prejudicial para os usuários da plataforma.
Ela tuitou no último sábado (1°/1) a informação falsa de que há nos Estados Unidos elevados índices de mortes ligadas à vacinação contra a covid.
É a quinta vez que a congressista é punida pelo Twitter. Em um comunicado enviado dentro de um canal da plataforma Telegram, ela disse que a decisão mostra que a empresa é "uma inimiga da América".
Greene acusou o Twitter de ajudar a instauração de uma "revolução comunista". A conta encerrada foi a pessoal; a que ela tem como congressista permanece ativa.
Em comunicado enviado à BBC, um porta-voz da rede social disse que a conta foi banida após repetidas violações sobre a política de desinformação, que prevê quatro suspensões até a suspensão permanente.
Em agosto de 2021, Greene recebeu uma punição por uma postagem que dizia falsamente que as vacinas estavam falhando e que os órgãos reguladores nos EUA não deveriam permiti-las.
Candidata do QAnon
Marjorie Taylor Greene foi eleita à Câmara dos Representantes pelo Estado da Geórgia como a candidata do grupo conspiratório QAnon. Ela, uma empresária novata na política, venceu no fortemente conservador 14º Distrito da Geórgia, derrotando o democrata Kevin Van Ausdal.
Os QAnon emergiram nos últimos anos em volta da ideia de que existiria uma rede de pedófilos e satanistas infiltrada no governo, no mercado e na mídia com o objetivo de derrubar o presidente republicano Donald Trump.
Em um vídeo no Youtube, Greene já saudou o "Q" — figura secreta que esta na origem da conspiração — como um "patriota". Ao longo da campanha, porém, ela tentou se afastar da imagem vinculada ao grupo.
Além do QAnon, Greene já se mostrou contrária ao aborto e favorável à posse de armas, a um muro na fronteira com o México e a Donald Trump.
O ex-presidente acenou a Greene quando ela venceu as primárias, chamando-a de "uma futura estrela republicana".
"Marjorie é forte em tudo e nunca desiste — uma verdadeira VENCEDORA", escreveu Trump nas redes sociais.
Mas entre os próprios republicanos a candidatura de Greene gerou controvérsia, com muitos deles se posicionando contra a campanha da empresária após serem revelados vídeos antigos em que ela fez comentários ofensivos sobre negros, muçulmanos e judeus.
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