Ano Novo

Papa pede paz e condena violência contra a mulher em mensagem de ano novo

O líder de 1,3 bilhão de católicos encorajou o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro para manter a paz em seus pensamentos

Agence France-Presse
postado em 01/01/2022 12:18 / atualizado em 01/01/2022 12:19
 (crédito: Tiziana FABI / AFP)
(crédito: Tiziana FABI / AFP)

O papa Francisco exortou, neste sábado (1º/12), o mundo a "arregaçar as mangas" pela paz em sua mensagem de Ano Novo, na qual pediu aos fiéis que sejam positivos e trabalhem para construir uma sociedade melhor.

Na ocasião do 55º Dia Mundial da Paz, o líder dos 1,3 bilhão de católicos do mundo dedicou seu discurso do Angelus a encorajar o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro para manter a paz em seus pensamentos.

"Vamos voltar para casa pensando em paz, paz, paz. Precisamos de paz", disse o papa após a oração do Angelus.

Sob um céu ensolarado, Francisco, que completou 85 anos no dia 17 de dezembro, lembrou aos fiéis que a paz exige "gestos concretos", como perdoar os outros e promover a justiça.

"E também precisa de um olhar positivo: que olhemos sempre, na Igreja como na sociedade, não o mal que nos divide, mas o bem que pode nos unir!", disse da janela do Palácio Apostólico.

"Não adianta se abater e reclamar, mas arregaçar as mangas para construir a paz", declarou.

Mais cedo, durante a missa na Basílica de São Pedro em homenagem à Virgem Maria, Francisco fez uma homilia na qual chamou a violência contra as mulheres de um insulto a Deus.

"A Igreja é mãe, a Igreja é mulher", estimou. "Enquanto as mães dão vida e as mulheres salvam o mundo, devemos todos trabalhar para promover as mães e proteger as mulheres", declarou.

"Quanta violência existe contra a mulher! Chega! Machucar uma mulher é ultrajar a Deus, que tirou a humanidade de uma mulher", assegurou.

Em mensagem divulgada em 21 de dezembro pelo Vaticano por ocasião do Dia Mundial da Paz, o papa recomendou "três caminhos para construir uma paz duradoura", o diálogo entre as gerações, a educação e o trabalho, "essenciais para a elaboração de um pacto social, sem o qual qualquer projeto de paz é inconsistente".

O texto sublinhava que o orçamento destinado à educação foi reduzido "sensivelmente" nestes últimos anos no mundo ao contrário dos gastos militares que ultrapassaram "o nível do fim da guerra fria".

O papa retomou estes temas neste sábado após o Angelus, referindo-se aos "tempos incertos e difíceis devido à pandemia".

"São muitos os que têm medo do futuro e estão sobrecarregados com as situações sociais, os problemas pessoais, os perigos da crise ecológica, as injustiças e os desequilíbrios da economia planetária", afirmou.

"Ao olhar para Maria com seu filho nos braços, penso em jovens mães e seus filhos que estão fugindo das guerras e da fome ou que estão esperando em campos de refugiados".

Na véspera do Ano Novo, Francisco não presidiu as Vésperas na Basílica de São Pedro, conforme programado, e, em vez disso, cedeu o serviço ao decano do Colégio Cardinalício, Giovanni Battista Re.

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