O Ministério da Saúde da Nova Zelândia está investigando um homem que teria tomado dez vacinas contra o novo coronavírus no mesmo dia. Ele teria sido pago para tomar o imunizante no lugar de outras pessoas, segundo informações preliminares.
Especialistas explicam que não existem estudos suficientes para saber quais os perigos reais de tomar mais de uma dose da vacina no mesmo dia e, segundo Astrid Koornneef, responsável pelo programa de vacinação do país, qualquer cidadão que tenha tomado doses adicionais da vacina deve procurar aconselhamento médico. "Isso coloca em risco a pessoa que recebeu a vacina com outra identidade e a pessoa cujo registro de saúde mostra que foi vacinada, mas não foi", disse.
Na Nova Zelândia não é necessário apresentar documento de identidade para receber a vacina. A decisão das autoridades veio do medo de desencorajar a vacinação em massa caso o processo para tal fosse mais rígido. Para um porta voz do Ministério da Saúde do país o objetivo é justamente não criar barreiras à vacinação de pessoas vulneráveis.
Nova Zelândia no combate a doença
No início da pandemia o país e seus vizinhos da Oceania eram referência no combate ao coronavírus, zerando o número de infeccionados com a doença ainda em 2020.
No entanto, em agosto, o país enfrentou surtos da variante Delta. Em setembro o país passou por um novo processo de lockdown mas, em outubro, as autoridades anunciaram que iriam afrouxar medidas de restrição.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país registrou, ao todo, 2103 casos e 49 mortes decorrentes da covid. Esses dados são até o dia 16 de dezembro. Além disso, 90% da população do país está completamente vacinada, um equivalente de 3.783.760 pessoas.