Para aliviar a rotina estressante de lidar com as atividades diárias e com o trânsito provocado pela chegada das festividades natalinas, a Companhia de Transportes de Berlim (BVG, em inglês) lançou um bilhete especial que promete trazer relaxamento aos passageiros da cidade neste fim de ano: a “passagem de cannabis”. De acordo com a empresa, o tíquete é comestível e possui a essência de óleo de cânhamo, obtido nas sementes da planta cannabis, o que permite “engolir a raiva".
“À procura de um lugar para estacionar, engarrafamentos, canteiro de obras, caminhões de entrega de encomendas em ruas de mão única — a época do Natal em Berlim significa uma coisa acima de tudo: estresse”, introduz a campanha de lançamento do produto inusitado.
Em seguida, a BVG afirma que tem a solução perfeita para ajudar os clientes a passar pela data comemorativa “mais relaxados”. “O bilhete que não só traz você para casa, mas talvez também te derrube. Totalmente comestível regado com óleo de maconha. Assim você pode passar por Berlim relaxado o dia todo e depois simplesmente engolir o estresse do Natal e o ingresso”, escreveram.
Feito com papel comestível “polvilhado” — conhecido como papel de arroz —, o bilhete tem uma fina camada de óleo de cânhamo, que, por ser derivado da cannabis, tem efeito calmante e “sabor intenso de nozes”. O produto não é composto de substâncias psicoativas, o que o torna “totalmente inofensivo”. Por este motivo, ele é legalizado no país, o que a empresa deixa claro na campanha. “Nada de conversas perigosas, nem pedido na Darknet, nosso ingresso é pedido nos centros de transportes da BVG, de forma totalmente legal”, explicaram.
A passagem tem edição limitada e será vendido apenas até esta sexta-feira (17/12), nas estações de ônibus e metrô da BVG por 8,80 euros (R$ 56,14) e tem duração de 24 horas. O bilhete deve ser consumido após este período. Quem quiser pode, ainda, ‘encomendar’ o bilhete e retirar antes de embarcar.
Apesar da ação, a companhia afirma que é “contra qualquer tipo de uso de drogas — ilegal ou legal” e que as estações possuem uma ‘proibição” estrita de entrada destes produtos. “Mas, somos a favor de uma abordagem mais aberta para substâncias completamente inofensivas”, declaram.