A Lituânia anunciou nesta quinta-feira (9) que vai oferecer aos migrantes assistência monetária para motivá-los a voltar a seus locais de origem, enquanto se esforça para repatriá-los aos milhares.
Cada migrante que decidir voltar voluntariamente ao seu país receberá 1.000 euros (cerca de 1.130 dólares), ao invés dos € 300 que eram oferecidos pelo Estado, e também a passagem de avião para concretizar a operação.
"Após recusar a maior parte das solicitações de asilo, precisamos de soluções para fazer os migrantes voltarem a seus países de origem", disse à AFP a ministra do Interior, Agne Bilotaite.
"Esperamos que este montante mais elevado faça aumentar o número de migrantes que voltam de forma voluntária", acrescentou.
O dinheiro para incentivar os migrantes a deixarem a Lituânia provém de fundos oferecidos pela Comissão Europeia para ajudar a enfrentar a crise registrada em suas fronteiras.
Desde o verão passado no hemisfério norte, milhares de migrantes, sobretudo procedentes do Oriente Médio, cruzaram ou tentaram cruzar a partir de Belarus a fronteira leste da UE com destino a Letônia, Lituânia ou Polônia.
O Ocidente acusa Belarus de ter orquestrado esta crise, ao direcionar os migrantes para a fronteira europeia, dando-lhes vistos e com a promessa de que ultrapassá-la seria fácil, em represália às sanções impostas pela UE, o que Minsk nega.
Até o momento, a Lituânia concedeu o estatuto de refugiado a apenas 54 dos 3.272 migrantes que o solicitaram.
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