Autoridades de saúde da França confirmaram nesta quinta-feira, 2, a primeira ocorrência da variante Ômicron na região de Paris. O paciente infectado é um homem que reside na capital e testou positivo após retornar de uma viagem à Nigéria, informou a Agência Regional da Saúde (ARS). Anteriormente, o país já havia anunciado um caso na Ilha Reunião, território francês no Oceano Índico.
A mulher do paciente, que o acompanhou na viagem ao país africano, também foi infectada pela covid-19 e aguarda resultados de exames para saber se também está com a variante. Todas as pessoas próximas ao casal foram colocadas em isolamento.
Na quarta-feira, dia 1º, os Estados Unidos também confirmaram o primeiro caso da cepa no país, detectada em uma pessoa na Califórnia, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) americano. O paciente viajou para a África do Sul antes de contrair a doença e retornou aos EUA em 22 de novembro. Ele já havia se vacinado e tem sintomas leves.
Diante da ameaça da variante Ômicron, a França anunciou na quarta-feira regras mais severas de acesso a seu território, que incluem a exigência de um teste negativo para todos os viajantes, inclusive os vacinados, procedentes de um país que não seja da União Europeia.
Japão alivia restrições
Por outro lado, o Japão, que havia reforçado medidas de restrição na semana passada, anunciou nesta quinta-feira que vai aliviar as exigências impostas às companhias aéreas e voltar atrás da decisão de suspender novas reservas de voos com destino ao país. Dessa forma, cidadãos japoneses que estão no exterior poderão retornar ao seu país de origem.
Na quarta-feira, o Ministério do Transporte japonês solicitou às empresas aéreas que não aceitassem reservas de voos para o Japão durante um mês, uma medida inesperada que afetaria cidadãos e estrangeiros. Nesta quinta-feira, porém, o porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, anunciou mudanças na medida.
"Esse pedido causou confusão, então o primeiro-ministro instruiu o Ministério do Transporte a examinar o tema e considerar as necessidades dos cidadãos japoneses que desejam voltar para casa", declarou a jornalistas.
O Japão adotou duras restrições em suas fronteiras ao longo da pandemia e praticamente impediu todos os desembarques de estrangeiros. O país começou a arrefecer as medidas em outubro e permitir a entrada de alguns estudantes e empresários, mas reverteu a decisão diante do surgimento da variante Ômicron. O país também proibiu a entrada de pessoas vindas de 10 países do sul da África.
Atualmente, quem chega ao Japão deve cumprir quarentena de 14 dias. Cerca de 77% da população japonesa está imunizada. O país começou a aplicar a dose de reforço na quarta-feira.