Índia

Morre o último soldado a ajudar Dalai Lama a fugir do Tibete em 1959

O líder espiritual tibetano, hoje com 86 anos, chegou na Índia como um jovem monge após uma jornada de 13 dias pelo Himalaia disfarçado de soldado para evitar ser interceptado pelas tropas chinesas

Agência France Presse
postado em 31/12/2021 11:51 / atualizado em 31/12/2021 11:51
 (crédito: Biju BORO / AFP)
(crédito: Biju BORO / AFP)

O último sobrevivente da pequena tropa de soldados indianos que escoltaram o Dalai Lama quando ele fugiu do Tibete em 1959 morreu aos 85 anos, informou seu ex-regimento nesta sexta-feira (31).

O líder espiritual tibetano, hoje com 86 anos, chegou na Índia como um jovem monge após uma jornada de 13 dias pelo Himalaia disfarçado de soldado para evitar ser interceptado pelas tropas chinesas.

Naren Chandra Das, que morreu na última segunda-feira (27) em sua residência no estado de Assam, no nordeste do país, tinha 22 anos na época e acabava de completar seu treinamento militar com os Rifles Assam, a força paramilitar mais antiga do exército indiano.

Junto com seis outros soldados, ele escoltou o monge até Lumla, no estado de Arunachal Pradesh, no nordeste da Índia, em 31 de março de 1959.

O Dalai Lama, que nega buscar a independência do Tibete, vive no exílio no norte da Índia desde então.

Os dois tiveram um reencontro emocionante em 2017, pela primeira vez em quase 60 anos.

"Olhando para o seu rosto, percebo que também devo ser muito velho", disse o líder espiritual tibetano a Das. Um ano depois, Das foi convidado para Dharamsala, onde o Dalai Lama estabeleceu um governo tibetano no exílio com permissão de Nova Delhi.

"Fui com minha família e lá ele me abraçou. Ele também me deu um objeto de recordação. Nunca esquecerei meu reencontro", disse Das no ano passado.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação