O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o russo, Vladimir Putin, conversarão por telefone na quinta-feira (30) "para discutir várias questões, incluindo os próximos compromissos diplomáticos com a Rússia", anunciou nesta quarta-feira (29) uma porta-voz da Casa Branca.
O telefonema entre os dois chefes de Estado acontecerá duas semanas antes das negociações entre os dois países, marcadas para 10 de janeiro, sobre os tratados de controle de armas nucleares e a situação na fronteira russo-ucraniana, onde o Ocidente acusa Moscou de concentrar tropas para um possível ataque.
Biden se dirá disposto a empreender "uma via diplomática", mas os Estados Unidos, que seguem "profundamente preocupados" com a presença de tropas na fronteira com a Ucrânia, também estão "preparados para responder" em caso de invasão, afirmou um alto funcionário da Casa Branca.
O governo Biden continua realizando "ampla diplomacia com nossos aliados e parceiros europeus, consultando e coordenando uma abordagem comum em resposta à concentração militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Emily Horne, em um comunicado.
"De fato, uma conversa por telefone entre Putin e o presidente dos Estados Unidos está marcada para amanhã na última hora da noite (horário de Moscou)", confirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado por agências russas.
Esta será a segunda conversa telefônica entre as duas lideranças em menos de um mês. No início de dezembro, Joe Biden ameaçou Vladimir Putin com sanções "como nunca viu" se atacasse a Ucrânia.
A Rússia afirma ter agido em resposta ao que considera hostilidade do Ocidente e recentemente apresentou dois projetos de tratado para impedir a expansão da Otan e encerrar as atividades militares das potências ocidentais perto das fronteiras russas.
Acima de tudo, ele quer evitar que a Ucrânia se torne membro da Aliança Atlântica.
A negociação de 10 de janeiro é tensa. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, descartou "concessões" desde o início e os Estados Unidos já haviam alertado que alguns pedidos russos eram "inaceitáveis".
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