O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Honduras declarou oficialmente a esquerdista Xiomara Castro como presidente eleita para o período 2022-2026, após as eleições realizadas em 28 de novembro.
“O plenário de conselheiros do Conselho Nacional Eleitoral declara eleita presidente (...) de Honduras por um período de quatro anos, que começa em 27 de janeiro de 2022 e termina em 27 de janeiro de 2026, a cidadã Iris Xiomara Castro Sarmiento", anunciou no rádio e na televisão o presidente da CNE, Kelvin Aguirre.
Aguirre detalhou que a candidata do partido esquerdista Libertad y Refundación (Libre) alcançou 1.716.793 votos válidos, o suficiente para se tornar a primeira mulher eleita presidente deste país centro-americano.
De acordo com a página do Conselho, Castro acumulou 51,12% dos votos contra 36,93% dos votos do principal adversário, o candidato do Partido Nacional (PN) de direita, Nasry Asfura.
Participaram das eleições 3.580.527 cidadãos, o que representa 68,58% do eleitorado.
Dois dias após as eleições, Asfura visitou Castro em sua casa, reconhecendo sua derrota e parabenizando-a pela vitória.
A presidente eleita também foi parabenizada, através de um telefonema, pela vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris.
A subsecretária de Estado para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos dos Estados Unidos, Urza Zeya, chegou no dia 12 de dezembro para oferecer o apoio de Washington à futura presidente.
Castro, de 62 anos, esposa de Manuel Zelaya, deposto em 2009, se inscreveu pelo Libre, mas teve o apoio de dois outros partidos e de uma candidatura independente.
A presidente eleita substituirá Juan Orlando Hernández (do PN), em uma solenidade que será realizada no dia 27 de janeiro, no Estádio Nacional de Tegucigalpa.
Nas eleições, foram escolhidos três indicados para a presidência (vice-presidentes), 128 deputados do Congresso Nacional com seus suplentes, 20 deputados do Parlamento Centro-americano com seus suplentes e 298 assentos municipais.
A CNE adiou a declaração oficial dos deputados do Congresso Nacional e das prefeituras por não ter concluído a fiscalização a estes dois níveis.
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