A variante Ômicron do coronavírus já foi identificada em 57 países, informou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. A expectativa é que esse número ainda aumente, disse nesta quarta-feira, 8, em coletiva à imprensa.
Tedros reforçou a necessidade de não se chegar a conclusões sem que haja informações suficientes para tal. No momento, segundo o diretor, é visto um quadro consistente de aumento rápido de transmissão, "ainda que, por enquanto, a taxa exata de aumento em relação a outras variantes permaneça difícil de quantificar".
Dados provenientes da África do Sul sugerem que o risco de infecção da Ômicron é maior em comparação a outras cepas, mas mais informações são necessárias para que se firme uma conclusão, diz Tedros. "Também há evidências de que a Ômicron cause uma doença mais amena que a Delta, mas, de novo, ainda é muito cedo para definir."
Líder técnica da resposta à pandemia de covid-19 pela OMS, Maria Van Kerkhove observou que o avanço da Ômicron na África do Sul se deu quando a taxa de contaminação pela variante delta estava "bem baixa". "Precisamos ver como a Ômicron vai se comportar em outras populações, onde há um número alto de casos da delta", disse.
Em relação às notícias da Pfizer, cujos estudos preliminares sinalizaram eficácia contra Ômicron, a diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS, Katherine O'Brien disse estar ansiosa por mais informações, mas reforçou o caráter preliminar dos dados informados até o momento.
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