O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu um bilhão de doses da vacina anticovid para o continente africano, ao discursar, por teleconferência, no Fórum de Cooperação China-África (Focac). Desse total, 600 milhões serão entregues em forma de doações e 400 milhões de outras maneiras, como a criação de unidades de produção de vacinas.
A conferência ocorre em um contexto em que os países africanos tentam reativar suas economias, duramente afetadas pela pandemia. "Temos que continuar a luta solidária contra a covid. Devemos priorizar a proteção das nossas populações e acabar com a brecha da vacinação", ressaltou Xi.
Na reunião emergencial de ontem, os ministros da Saúde do G7 ressaltaram a necessidade de preparar todos os países para receber as doses, fornecendo "assistência operacional, cumprindo nossos compromissos de doação, abordando a desinformação sobre vacinas e apoiando a pesquisa e o desenvolvimento".
Em um comunicado conjunto, divulgado após a reunião, os ministros elogiaram o fato de a África do Sul ter detectado a variante ômicron, na semana passada, e alertado a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país registrou nas últimas semanas um rápido aumento dos contágios: no domingo foram 2,8 mil novos casos, contra 500 da semana anterior. Quase 75% das infecções contabilizadas nos últimos dias foram provocadas pela nova variante.
Os integrantes do G7, que voltarão a se encontrar em dezembro para discutir a crise sanitária, também se comprometem a "continuar a trabalhar em estreita colaboração com a OMS e parceiros internacionais para compartilhar informações e monitorar a ômicron".