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Extinction Rebellion bloqueia armazéns da Amazon na 'Black Friday'

Ativistas do movimento ambientalista Extinction Rebellion organizaram bloqueios de centros de distribuição da Amazon no Reino Unido e outros países da Europa

Ativistas do movimento ambientalista Extinction Rebellion organizaram nesta sexta-feira (26) bloqueios de centros de distribuição da Amazon no Reino Unido e outros países da Europa para protestar contra a "obsessão pelo consumo excessivo" que eles dizem simbolizar a "Black Friday".


Em Londres, entre 20 e 30 membros da associação "Labor Behind the Label" (o trabalho por trás da marca) se manifestaram em frente à sede da empresa no país, gritando "Amazon, Amazon, não somos robôs" e pedindo que a empresa americana pague por seus atos, confirmou um jornalista da AFP.


Seus cartazes diziam "pare de explorar o planeta" e "pare de tomar os salários dos trabalhadores".Um deles usava uma máscara com o rosto do fundador da Amazon, Jeff Bezos.


“A 'Black Friday' é uma festa massiva para comprar coisas” num momento em que “a emergência climática” nos obriga a “parar o nosso consumo”, denunciou Anna Bryher, ativista da associação.


“Permitimos que grandes empresas como a Amazon atropelassem os direitos dos trabalhadores por muito tempo”, acrescentou.


A gigante do varejo online dos Estados Unidos concentrou a maior parte de suas ofertas promocionais de varejistas nesta sexta-feira, para dar início à temporada de compras natalinas.


"Make Amazon Pay", uma coalizão internacional composta por cerca de 40 organizações, incluindo Greenpeace e Oxfam, acusa o grupo americano de colocar os benefícios antes do bem-estar de seus funcionários e incentivou trabalhadores insatisfeitos a iniciar uma greve nesta sexta-feira.


Ativistas do movimento ambientalista Extinction Rebellion (XR) organizaram bloqueios em centros de distribuição da Amazon para protestar contra a "obsessão pelo consumo excessivo" que, segundo eles, simboliza a "Black Friday".

 

- “Explorando trabalhadores e o planeta” -
Os 13 centros no Reino Unido ocupados de madrugada pela organização representam, segundo ela, mais da metade das entregas do grupo americano no país.O movimento de desobediência civil também bloqueou instalações na Alemanha e na Holanda.


No centro escocês de Dunfermline, vários ativistas impediram a entrada e a saída de veículos de distribuição, informou a agência de notícias britânica PA.Ao final do dia, 13 ativistas haviam sido presos pela polícia em três dos locais bloqueados.


"Esta ação visa expor os crimes da Amazon, tornando-a um exemplo de um sistema econômico mais amplo projetado para nos empurrar a comprar coisas que não precisamos a um preço que não podemos pagar", disse Extinction Rebellion (XR) em um comunicado.


Na Holanda, ativistas bloquearam o acesso a um depósito da Amazon no aeroporto de Amsterdã.


Segundo fotos da agência de notícias holandesa ANP, uma dezena de pessoas postou fotos em frente ao galpão, exigindo em um cartaz que a empresa "pare de explorar os trabalhadores e o planeta".


“Os funcionários da Amazon estão sujeitos a contratos de curto prazo, longas jornadas de trabalho, baixos salários e pausas programadas para ir ao banheiro”, denunciou a filial holandesa do grupo no Twitter.


Para a XR, conhecida por suas espetaculares ações de bloqueio, "Black Friday" simboliza uma obsessão pelo consumo excessivo incompatível com um planeta sustentável.


Contactada pela AFP, a Amazon afirmou que trabalha para minimizar o impacto nos seus clientes através da sua rede europeia.


“Levamos nossas responsabilidades muito a sério, incluindo nosso compromisso de alcançar a neutralidade de carbono até 2040”, disse um porta-voz do grupo, frequentemente criticado por suas práticas sociais e fiscais.


No Reino Unido, uma federação que representa varejistas independentes estimou que 85% desses pequenos comerciantes boicotariam a "Black Friday", considerada uma prática por grandes grupos.

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