Londres, Reino Unido- A parlamentar britânica Stella Creasy foi advertida por comparecer à Câmara dos Comuns com seu bebê de 3 meses, que amamenta, gerando novos debates nesta quarta-feira(24) sobre os direitos dos parlamentares que se tornam pais.
Membro da oposição trabalhista, Creasy postou no Twitter a foto de um e-mail oficial dizendo a ela que não poderia comparecer "com uma criança".
Em setembro, a deputada compareceu à Câmara dos Comuns com seu recém-nascido para exigir de seu presidente, Jacob Rees-Mogg, que as mães fossem apoiadas em vez de "repreendidas" quando retornassem ao Parlamento, já que não contam com uma real licença-maternidade.
Desde fevereiro, as ministras do Reino Unido têm direito a seis meses de licença-maternidade remunerada e substituição. Antes disso, eram obrigadas a renunciar.
Deputadas que não são membros do governo não são substituídas. Desde 2019 elas podem votar por procuração, depois que a parlamentar trabalhista Tulip Siddiq adiou uma cesárea e compareceu a uma importante votação do Brexit em uma cadeira de rodas.
Questionado sobre o assunto pela BBC, o vice-primeiro-ministro Dominic Raab disse: "Devemos garantir que nossa profissão se enquadre ao século 21 e permita que os pais conciliem trabalho e tempo para a família".
“A decisão final cabe às autoridades da Câmara”, acrescentou, mas em sua opinião, a presença de um bebê “não a impedia,“ a título pessoal, “de fazer (o seu) trabalho”.