A Associação de Futebol da Jordânia exigiu que sejam feitos exames para comprovar o sexo de uma jogadora da seleção feminina iraniana, a goleira Zohreh Koudaei, de 32 anos.
O pedido foi feito à Confederação Asiática de Futebol (AFC), após as duas seleções se enfrentaram pelas Eliminatórias para a Copa Asiática feminina, em setembro. O jogo terminou empatado por 0 a 0 no tempo normal, mas o Irã acabou vencendo por 4 a 2 nas penalidades.
Após a partida, o príncipe Ali Bin al-Hussein, presidente da federação jordaniana, publicou uma carta exigindo que os testes sejam feitos para verificar o sexo de Koudaei.
O Presidente da Federação coloca “dúvidas sobre a elegibilidade da jogadora”, e afirma que o Irã “tem um longo histórico no que diz respeito a questões de gênero e de dopagem” das suas atletas.
No relevance to previous tweets but it’s a very serious issue if true. Please wake up @theafcdotcom pic.twitter.com/egk678CXCX
A treinadora da equipe, Maryam Irandoost, qualificou essa iniciativa como um "falso pretexto" da Jordânia para não aceitar a derrota e afirmou também que não terá receio de entregar qualquer tipo de documentação.
A jogadora acusada, Zohreh Koudaei, prometeu entrar na Justiça contra a federação da Jordânia. "Sou uma mulher. Eles estão fazendo bullying comigo", disse Zohreh Koudaei à imprensa iraniana.
Em 2015, o Irã foi acusado de usar jogadores masculinos na seleção feminina. Apesar de nunca comprovado, existia a suspeita de que jogadoras aguardavam uma cirurgia de readequação sexual.