Belarus acusou nesta quarta-feira (10) o Ocidente de orquestrar a atual crise migratória na fronteira com a Polônia, onde estão bloqueados milhares de imigrantes que desejam chegar à União Europeia, o que aumentou a tensão.
"Diante de uma quinta rodada de sanções, que mencionam no Ocidente, o pretexto utilizado desta vez é a crise migratória provocada pela UE e seus membros limítrofes com Belarus", afirmou o chefe da diplomacia bielorrussa, Vladimir Makei, em uma reunião com seu colega russo em Moscou.
Makei destacou que espera um "trabalho reforçado" com a Rússia, seu principal aliado, incluindo "uma reação conjunta a atos inamistosos" direcionados a Belarus.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concordou e afirmou que Minsk e Moscou reforçaram a "colaboração efetiva para contra-atacar a campanha contra Belarus iniciada por Washington e seus aliados europeus nas organizações internacionais".
Milhares de migrantes que tentam entrar na Polônia estão bloqueados atualmente na fronteira com Belarus em um clima gélido.
Os dois país mobilizaram tropas, o que provoca o temor de uma escalada da tensão.
Durante meses, os países europeus acusaram Minsk de emitir deliberadamente vistos de trânsito para estas pessoas, especialmente do Oriente Médico, com o objetivo de desestabilizar a União Europeia.
A União Europeia considera que o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, está alimentando a crisis em vingança pelas sanções impostas a seu regime após a repressão ao movimento opositor, que denunciou fraude em sua reeleição em agosto de 2020.
Na terça-feira, o primeiro-ministro polonês acusou o presidente russo Vladimir Putin, principal aliado de Minsk, de ser o "patrocinador" da onda de imigrantes.
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