O chefe do narcotráfico e chefe paramilitar colombiano Daniel Rendón Herrera, conhecido como "Don Mario", se declarou culpado de conspirar para dar apoio material a uma organização terrorista estrangeira e traficar 80 toneladas de drogas aos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (2) o tribunal do Brooklyn, encarregado do julgamento.
Don Mario "se declarou culpado de participar de uma organização criminosa e de conspirar para proporcionar apoio material para uma determinada organização terrorista estrangeira", que "matou brutalmente, sequestrou e torturou traficantes de drogas rivais e civis", informou o tribunal em um comunicado.
O colombiano pode ser condenado nos Estados Unidos a uma pena mínima de 20 anos e máxima de prisão perpétua, assim como a pagar uma indenização de 45 milhões de dólares e multa de US$ 2,25 milhões, segundo o tribunal.
"Com sua declaração de culpa, Rendón Herrera, que outrora foi o narcoterrorista mais temido na Colômbia, admitiu ter liderado um dos maiores e mais temidos cartéis da droga e inundado as ruas dos Estados Unidos de cocaína", disse o promotor Breon Peace em um comunicado.
Extraditado aos Estados Unidos em abril de 2018, o governo americano o acusa desde 2015 de dois crimes: organização criminosa contínua para levar várias toneladas de drogas ao seu território através do México e da América Central entre 2003 e 2014, e uso de armas de fogo para o narcotráfico.
Como foi extraditado pelo primeiro crime, só poderá ser julgado por ele.