El Salvador está planejando emitir US$ 1 bilhão em títulos lastreados em bitcoin no ano que vem, em um esforço de atrair capital criptográfico. O plano é vender todo o valor em títulos de 10 anos denominados em dólares, com cupom de 6,5%. Metade do dinheiro seria usado para comprar bitcoin e mantê-lo por cinco anos, enquanto o restante financiaria projetos de construção ligados à criptomoeda.
Neste ano, El Salvador se tornou o primeiro país do mundo a adotar o bitcoin como moeda nacional. Os títulos serão emitidos em parceria com a Blockstream, uma empresa de infraestrutura de ativos digitais, baseada no Canadá, e em blockchain, cuja tecnologia permite a negociação sem intermediários tradicionais, como bancos.
Parte dos fundos irá para a construção de uma "cidade Bitcoin" perto do vulcão Conchagua, que não terá impostos sobre renda, propriedade e ganhos de capital, disse o presidente Nayib Bukele no fim de semana.
Hoje, o Fundo Monetário Internacional disse que que os planos de El Salvador de usar os recursos de novas emissões de títulos soberanos para investir e negociar em bitcoin "exigirão uma análise muito cuidadosa das implicações e riscos potenciais para a estabilidade financeira".
O minúsculo país na América Central tem menos de US$ 3,4 bilhões em reservas de moeda estrangeira. El Salvador tem ainda um amplo déficit orçamentário e pagamentos de dívida significativos, com cerca de US$ 850 milhões vencendo no primeiro trimestre de 2022 e em torno de US$ 800 milhões, em 2023.
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