A União Europeia (UE) decidiu nesta segunda, 15, endurecer as sanções contra Belarus, impondo restrições a companhias aéreas, agências de viagens e pessoas envolvidas na crise de migração na fronteira com a Polônia. Bruxelas quer frear o que considera ser uma ação deliberada do regime belarusso para desestabilizar a UE ao enviar refugiados para o bloco.
De acordo a UE, migrantes, principalmente do Iraque e do Afeganistão, começaram a aparecer nas fronteiras terrestres de Belarus, atraídos pelo regime de Alexander Lukashenko, tentando cruzar para a Europa. Eles tentam entrar na Lituânia, na Letônia e na Polônia por rotas não utilizadas antes.
Voos de Minsk devem ser proibidos na UE - o pacote detalhado com as sanções será definido nos próximos dias. "Esse sistema desumano de usar refugiados como ferramentas de pressão sobre a UE piorou nos últimos dias", disse o chanceler alemão, Heiko Maas.
Lukashenko, que governa Belarus há quase 40 anos, vem sofrendo pressão internacional em razão da fraude nas últimas eleições - que ele venceu com 80% dos votos - e da repressão a dissidentes. Sem mecanismos para escapar das sanções, ele estaria atraindo os imigrantes, principalmente do Oriente Médio, para enviá-los à Europa.
RÚSSIA
A chancelaria de Belarus disse ontem que as acusações de que o país estaria criando uma crise migratória eram "absurdas". Já Lukashenko afirmou que tentou convencer os refugiados a voltarem para casa, mas ninguém aceitou.
A UE pressiona o presidente russo, Vladimir Putin, a convencer Lukashenko a fechar suas fronteiras "É óbvio que o regime de Lukashenko e seus aliados russos querem testar a unidade do mundo ocidental", disse o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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