O secretário de Estado americano, Antony Blinken, advertiu nesta sexta-feira (12) para o risco de implosão na Etiópia, com consequências desastrosas para a região, se o governo e os rebeldes não negociarem um acordo.
Não chegar a qualquer acordo "levaria à implosão da Etiópia, que transbordaria para outros países na região, e isso seria desastroso para o povo etíope e também para os países vizinhos", disse Blinken aos jornalistas.
Na quinta-feira (11), o governo etíope evocou condições para eventuais discussões com os rebeldes da região do Tigré, após vários dias de intensas negociações diplomáticas para evitar uma nova escalada dos combates. Ainda não se estabeleceu, no entanto, uma data para o início deste diálogo.
Enfrentando as forças pró-governo desde novembro de 2020, os combatentes da Frente de Libertação Popular do Tigré (TPLF) avançaram nestes últimos meses para além das suas zonas de influência, rumo às regiões vizinhas de Afar e Amhara. Não descartam marchar para a capital do país, Addis Abeba.
Em meio às hostilidades, centenas de milhares de pessoas no Tigré vivem em condições próximas à fome, de acordo com as Nações Unidas.
Nesta sexta, os Estados Unidos impuseram sanções ao Exército e ao partido no poder na Eritreia, acusando-lhes de contribuir para a guerra no Tigré.
"Condenamos o papel que continuam desempenhando atores da Eritreia que contribuem para a violência no norte da Etiópia, que minou a estabilidade e a integridade do Estado e resultou em um desastre humanitário", declarou Andrea Gacki, responsável pelo seção de sanções do Departamento do Tesouro.
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