A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, confirmou nesta quinta-feira, em Paris, o compromisso de seu país com a luta global contra a pobreza, e o retorno dos americanos às instituições multilaterais, uma das linhas do governo Biden.
“Responder ao desafio da pobreza é uma obrigação de todos nós”, afirmou Kamala na abertura da quarta edição do Fórum da Paz de Paris, cujo objetivo é oferecer a chefes de Estado, ONGs e empresas um espaço para debaterem os principais desafios mundiais.
Uma semana depois que o Congresso dos EUA aprovou um pacote de investimentos em infraestrutura de US$ 1,2 trilhão, Kamala disse que "não se pode acreditar que nenhuma nação de forma individual enfrente esses desafios sozinha. Neste momento crucial, se unirmos nossas forças, não há desafio que não possamos enfrentar”.
Kamala pediu a cada país que atue dentro de suas fronteiras, mas que também mostre “solidariedade internacional”. "Por que 1% do mundo possui hoje 45% da riqueza mundial? Por que uma em cada quatro pessoas em nosso mundo não tem acesso a água potável em casa?"
O presidente francês, Emmanuel Macron, saudou o compromisso americano. “Saber que os Estados Unidos retornam ao clube do multilateralismo foi uma notícia maravilhosa para nós. Obrigado por isso. Porque acredito que é onde os Estados Unidos devem estar”, disse.
O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, pediu aos países ricos, incluindo os Estados Unidos, que trabalhem o mais rapidamente possível na linha de frente da pandemia, fornecendo mais vacinas ao continente africano. “O nível atual de oferta deixa muito a desejar”, lamentou.
“Alguns países aplicam a terceira dose em seus cidadãos, enquanto milhões de pessoas em todo o mundo ainda aguardam a primeira”, assinalou, lembrando que apenas 6% da população africana está vacinada.
Luta contra a desigualdade
Macron reconheceu que os países ricos deveriam fazer mais, embora os europeus tenham sido os primeiros a se mobilizar para fornecer doses a países com menos recursos, por meio do sistema Covax.
A luta contra a desigualdade estará no centro dos três dias do Fórum da Paz de Paris, criado por Emmanuel Macron em 2018. A expectativa é que cerca de 30 chefes de Estado e de governo participem desta quarta reunião, que irá até sábado e coincidirá com uma conferência internacional sobre a Líbia prevista para esta sexta-feira.
Problemas digitais
O fórum visa a criar um encontro periódico de líderes mundiais em Paris, semelhante aos realizados em Davos para questões econômicas e Munique para temas de segurança. “O objetivo é oferecer uma plataforma onde os Estados e outros atores possam se reunir e discutir uma ampla gama de temas, como clima, saúde, economia social e solidária e questões digitais”, explicou o diretor do fórum, Justin Vaisse.
Emmanuel Macron e Kamala Harris também participaram de um painel sobre os principais problemas digitais globais, destinado a fazer um balanço de iniciativas relacionadas à segurança cibernética, a luta contra o conteúdo extremista e violento on-line e à desinformação nas redes sociais.
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