Crise humanitária

Grande fluxo migratório na fronteira com Belarus preocupa Polônia

Vários vídeos, que também foram divulgados pela oposição bielorrussa Nexta, mostram grupos de centenas, às vezes milhares, de pessoas, com mochilas, caminhando por uma estrada

Agência France-Presse
postado em 08/11/2021 08:47
 (crédito: reprodução )
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As autoridades polonesas manifestaram, na segunda-feira (8), sua grande preocupação com a presença de grandes grupos de migrantes no lado bielorrusso da fronteira, no limite leste da União Europeia (UE).

"Informações muito preocupantes da fronteira. Um grupo importante de migrantes se concentrou em Belarus, perto da fronteira com a Polônia. Eles estão se dirigindo para a fronteira com a República da Polônia. Tentarão entrar na Polônia em massa", declarou o porta-voz do ministro que coordena os serviços especiais, Stanislaw Zaryn, em um tuíte com imagens de centenas de migrantes.

"Novas informações mostram que o grupo está sob estrito controle de bielorrussos armados. São eles que decidem a direção que o grupo segue", afirmou, em outro tuíte.

O vice-ministro polonês do Interior, Maciej Wasik, garantiu que "os serviços poloneses estão preparados para qualquer eventualidade".

Vários vídeos, que também foram divulgados pela oposição bielorrussa Nexta, mostram grupos de centenas, às vezes milhares, de pessoas, com mochilas, caminhando por uma estrada.

A guarda fronteiriça bielorrussa confirmou a presença de migrantes.

"Neste momento, uma grande parte dos refugiados com os seus bens pessoais se desloca por uma estrada para a fronteira com a Polônia (...) A indiferença e a atitude desumana das autoridades polonesas levaram estes refugiados a darem este passo desesperado", afirmaram, em um comunicado.

A UE acusa o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, de ter orquestrado a onda de migrantes e refugiados, principalmente do Oriente Médio, que tentam entrar em seu território. Segundo as autoridades do bloco, trata-se de uma medida de represália pelas sanções impostas por Bruxelas depois da brutal repressão do governo bielorrusso contra a oposição.

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