Israel

Países pedem a Israel que renuncie à construção de casas na Cisjordânia

O anúncio foi feito no dia seguinte a uma declaração crítica por parte da diplomacia americana, que disse estar "profundamente preocupada" com a política israelense

Doze países europeus pediram a Israel, nesta quinta-feira (28), que desista de seu projeto de construção de 3.000 casas para colonos na Cisjordânia ocupada, uma iniciativa também denunciada pelos Estados Unidos.

"Pedimos ao governo israelense, de forma imediata, que recue em sua decisão", disseram os porta-vozes dos Ministérios das Relações Exteriores de Alemanha, França, Bélgica, Espanha, Itália, Polônia, Suécia, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Holanda e Irlanda, em um comunicado comum.

O texto recorda "a firme oposição à política de extensão das colônias de povoamento no conjunto dos territórios palestinos ocupados, que constitui uma violação do direito internacional e sabota os esforços em favor da solução dos dois Estados", israelense e palestino.

Na quarta-feira (27), Israel aprovou a construção de 3.144 casas para colonos na Cisjordânia ocupada.

O anúncio foi feito no dia seguinte a uma declaração crítica por parte da diplomacia americana, que disse estar "profundamente preocupada" com a política israelense de construção destas colônias.

Cerca de 475.000 colonos israelenses residem na Cisjordânia, um território ocupado onde vivem 2,8 milhões de palestinos.

Considerada ilegal pelo direito internacional, a colonização israelense foi continuada por todos os governos israelenses desde 1967. Acelerou-se nos últimos anos, sob o impulso do então primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Desde meados de junho, seu sucessor, Naftali Bennett, lidera uma coalizão heteróclita que vai da direita radical a partidos de esquerda.

Esses anúncios de avanço na construção de colônias na Cisjordânia surge no momento em que o governo toma medidas paralelas para melhorar a vida cotidiana dos palestinos, sem abordar a delicada questão da retomada do processo de paz.