Israel recebe seu exercício militar aéreo "mais importante" com um convidado ilustre: o chefe da força aérea dos Emirados Árabes Unidos, país com o qual normalizou suas relações.
Desde 2013, Israel celebra a cada dois anos o exercício "Bandeira Azul" no deserto de Negev (sul), com a participação da força aérea de outros sete países, incluindo França, Estados Unidos, Índia, Alemanha e a RAF britânica, que realiza seus primeiros voos em território israelense desde a criação deste Estado em 1948.
Com mais de 70 aviões de combate e 1.500 soldados, este ano é o exercício aéreo militar "mais importante" dos celebrados em Israel, informou o chefe de operações da força aérea israelense Amir Lazar, na base militar de Ovda, perto de Eilat, no sul de Israel.
Nesta segunda-feira, o chefe da força aérea dos Emirados Árabes Unidos, general Ibrahim Naser Mohamed Al Alawi, chegou ao país, onde falou com o número um da aviação militar israelense, general Amikam Norkin, que o classificou como "dia histórico de grande importância" para os dois exércitos.
O general emiradense comparecerá na terça-feira na base de Ovda para assistir aos exercícios militares.
"Os acordos de Abraão (nome dado à normalização das relações entre Israel e os países árabes) abriram novas possibilidades de colaboração", acrescentou Lazar.
Segundo o plano estratégico do Exército israelense para 2022, o Irã é a principal ameaça, não só pelo seu programa nuclear, mas também pelo desenvolvimento de suas capacidades com drones armados e mísseis.
O Exército israelense afirma que o exercício militar "não se concentra" no Irã, mas o considera uma "demonstração de força" contra Teerã que, segundo ele, exportou drones ao Iraque, Iêmen, Síria e Líbano, por conta do movimento libanês Hezbollah.