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Congressistas dos EUA recomendam que Steve Bannon seja acusado por ataque ao Capitólio

Bannon, de 67 anos, foi um dos maiores articuladores da campanha presidencial vitoriosa de Trump em 2016, até ser afastado pelo bilionário

Os legisladores que investigam o ataque mortal ao Capitólio dos Estados Unidos se manifestaram unanimemente nesta terça-feira (19) a favor da acusação de desacato criminal contra Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump que se recusou a participar das investigações.

"O Sr. Bannon colaborará com nossa investigação ou enfrentará as consequências", advertiu o democrata Bennie Thompson, que está à frente da comissão bipartidária encarregada de investigar os ataques de 6 de janeiro à sede do Congresso, criticada por Trump e seus aliados.

"Não podemos permitir que ninguém interfira no trabalho da comissão especial enquanto trabalhamos para esclarecer os fatos. Simplesmente há muito em jogo", acrescentou ele antes da votação unânime por todos os nove membros a favor da imputação de Bannon.

Steve Bannon foi convocado nesta terça-feira perante o comitê especial da Câmara dos Representantes que investiga o papel do ex-presidente republicano no atentado de seus apoiadores contra a sede do Congresso, enquanto os legisladores certificavam a vitória de Joe Biden na eleição presidencial.

Esta recomendação da comissão de inquérito deve agora ser votada no plenário da Câmara - onde os democratas são maioria - visando sua transmissão ao Departamento de Justiça.

O procurador-geral Merrick Garland decidirá se processará Bannon, que pode pegar até um ano de prisão.

Bannon, de 67 anos, foi um dos maiores articuladores da campanha presidencial vitoriosa de Trump em 2016, até ser afastado pelo bilionário.

Embora não estivesse ocupando nenhum cargo oficial em 6 de janeiro, ele aparentemente conversou sobre o protesto com o presidente nos dias que antecederam o ataque, segundo a comissão.

O assessor político de direita disse ao painel que reteria depoimentos e documentos até que seja resolvido o apelo de Trump por "privilégio executivo", que permite que os presidentes mantenham certas conversas com assessores em segredo. Para os democratas, tal prerrogativa só se aplica ao presidente em exercício.

 

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