Iêmen

Mais de 150 rebeldes iemenitas mortos no 4° dia de bombardeios da coalizão

O Iêmen foi devastado por um conflito que já dura sete anos entre os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, e o governo, respaldado pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita

Mais de 150 rebeldes huthis morreram em ataques da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita na cidade estratégica de Marib, sul do Iêmen, controlada pelas forças governamentais.

"A operação destruiu 11 veículos militares e matou mais de 150 elementos terroristas em Al Abdiya, ao sul de Marib", afirmou a coalizão, citada pela agência saudita de notícias SPA.

Os huthis iniciaram em fevereiro uma campanha para conquistar Marib, último reduto do governo no norte do Iêmen, e nas últimas semanas intensificaram a ofensiva. A coalizão respondeu com bombardeios aéreos durante os últimos quatro dia e matou, segundo Riad, mais de 500 insurgentes.

Os balanços, no entanto, não foram comprovados por fontes independentes.

O Iêmen foi devastado por um conflito que já dura sete anos entre os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, e o governo, respaldado pela coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

Os combates provocaram a fuga de dezenas de milhares de pessoas de Marib nos últimos meses, informou a ONU.

"De 1º de janeiro a 30 de setembro, a OIM (Organização Internacional para as Migrações) registrou mais de 55.000 pessoas deslocadas na região de Marib", nas áreas acessíveis para suas equipes de observação, explicaram fontes da instituição à AFP.

Apenas em setembro foram registrados 10.000 deslocados nesta província, segundo a OIM.

A ONU afirmou que os combates das últimas semanas agravaram a pior crise humanitária do mundo atualmente, que deixou a população à beira da fome.