O fechamento do aeroporto da ilha espanhola de La Palma se prolongou nesta sexta-feira (8) por um período indeterminado, por causa da nuvem de cinzas provocada pela erupção do vulcão Cumbre Vieja, anunciou a gestora dos aeroportos espanhóis AENA.
O aeroporto da ilha no arquipélago atlântico das Canárias "continua inoperante pelo acúmulo de cinzas, os trabalhos de limpeza continuam", tuitou a AENA.
Consultado pela AFP, um porta-voz da AENA disse não saber quando poderá reabrir o aeroporto, já que as cinzas continuam caindo.
A nuvem de cinzas obrigou também as companhias aéreas a desviarem seus voos destinados ao aeroporto no norte de Tenerife para outro que fica no sul dessa ilha do arquipélago canário, segundo a AENA.
As cinzas deixadas pelo Cumbre Vieja obrigaram as autoridades a fecharem o aeroporto de La Palma na manhã de quinta-feira para limpar suas pistas.
O aeroporto de La Palma, uma pequena ilha de 85.000 habitantes, ficou sem receber voos de 25 a 29 de setembro, também devido às cinzas.
A erupção do vulcão, que começou em 19 de setembro, não causou nenhuma vítima, mas deixou graves danos e provocou a remoção de 6.000 pessoas, algumas das quais perderam todos os seus pertences pela lava.
Os fluxos de lava destruíram mais de 1.000 edifícios e cobriram uma superfície de 431 hectares, segundo as autoridades. Ao chegar no mar, a lava foi se solidificando e formou uma plataforma de cerca de 40 hectares.
Esta é a terceira erupção de um vulcão em La Palma no último século, depois da do San Juan em 1949 e a de Teneguía em 1971. Ambas deixaram no total três mortos, dois deles por inalação de gases tóxicos, e causaram menos danos que os do Cumbre Vieja, já que naquelas décadas a ilha era menos povoada.