O Parlamento turco ratificou nesta quarta-feira (6) o Acordo de Paris sobre o clima mais de cinco anos depois de Ancara assinar pela primeira vez o histórico tratado sobre a redução das emissões que contribuem para o aquecimento global.
Em setembro, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, fez este anúncio na Assembleia Geral da ONU, tornando seu país o 191º a ratificar este acordo.
Quando foi adotado, em 2016, supunha-se que o pacto permitiria limitar a elevação da temperatura média no planeta a 2 graus Celsius e, se possível, a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
A ratificação ocorre faltando três semanas para o início da Conferência Mundial sobre o Clima da ONU (COP26) no final de outubro em Glasgow, no Reino Unido.
A Turquia já tinha assinado o Acordo de Paris em 2016, mas era um dos poucos países grandes que ainda não o tinham ratificado.
Irã, Iraque, Líbia, Iêmen e Etiópia ainda não o fizeram.
Erdogan justificava até agora sua não ratificação por considerar que havia imposições injustas e que era preciso diferenciar mais os esforços dos países desenvolvidos e daqueles em vias de desenvolvimento.
As emissões de CO2 aumentaram mais de 150% na Turquia desde 1990, segundo dados oficiais turcos.
Mas a questão climática ganhou relevância no país durante o verão, após uma série de fenômenos meteorológicos extremos, como uma onda de incêndios na faixa mediterrânea e inundações no norte, que provocaram uma centena de vítimas e importantes danos à natureza.
A Turquia também enfrenta uma forte seca, que obrigou alguns produtores a deixar suas terras e outros a optar por outros cultivos que demandam menos água.
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